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Revisitar o Tratado de Lisboa

04 dez · 14h30

© Comunidades Europeias, 2007

A última Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia (UE) foi marcada pela assinatura do Tratado de Lisboa, em 2007Um Tratado reformador que trouxe muitas mudanças ao funcionamento e às competências das diferentes instituições europeias, as quais permanecem relevantes no contexto da UE

 

Que mudanças trouxe esse Tratado? Fique a saber. 

Christine Lagarde, Ursula von der Leyen, Charles Michel e David Sassoli seguram Tratado de Lisboa na comemoração dos 10 anos da sua assinatura

Christine Lagarde (Presidente do Banco Central Europeu), Ursula von der Leyen (Presidente da Comissão Europeia), Charles Michel (Presidente do Conselho Europeu) e David Sassoli (Presidente do Parlamento Europeu) na cerimónia que assinalou o início da nova Comissão Europeia e o 10.º aniversário do Tratado de Lisboa © Fotógrafo: Etienne Ansotte, União Europeia, 2020

O caminho até ao Tratado

Dois referendos negativos a um Tratado Constitucional, em 2005, dão origem ao processo que conduz ao Tratado de Lisboa. O Conselho Europeu aprova-o e assina-o a 13 de dezembro de 2007, com entrada em vigor a 1 de dezembro de 2009. 

O que mudou, então, com o Tratado de Lisboa? 

 

  • Presidência fixa do Conselho Europeuo Tratado de Lisboa criou a figura do Presidente do Conselho Europeu, nomeado pelos dirigentes nacionais dos Estados-Membros, com mandato de dois anos e meio. Até então, a Presidência do Conselho Europeu era rotativa entre todos os Estados-Membros.

  

  • Presidência rotativa do Conselho da União Europeia: com uma organização por trios, o Conselho da UE é presidido rotativamente pelos Estados-Membros, por períodos de seis meses. A Presidência do Conselho da UE tem como função dirigir os trabalhos e organizar as reuniões do Conselho da UE. 

 

  • Regra da maioria qualificada: para uma medida ser aprovada é necessária a concordância de 55% dos países da UE, percentagem essa que deve, também, representar 65% da população. 

 

  • Redução do direito de veto: o direito de veto fica restringido em mais de 30 áreas. 

 

  • Saída da União Europeia: foi o Tratado de Lisboa que introduziu a possibilidade de saída de um Estado-Membro da União Europeia. 

 

  • Redução do número de eurodeputados: o Parlamento Europeu passou a ter 750 eurodeputados mais um (o seu Presidente). Com o Brexit o número de eurodeputados passou para 705. 

 

  • Criação do cargo do Alto-Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança. 

 

  • Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia fica fora do âmbito do Tratado, mantendo todo o seu valor jurídico.

 

  • Iniciativa de Cidadania Europeia: o direito à petição é garantido quando se juntam um milhão de cidadãos e um número mínimo de sete Estados-Membros da União Europeia. 

 

  • Personalidade jurídica própria da UE: a União passa a ter capacidade para aderir a organizações internacionais e os seus Estados-Membros só podem celebrar acordos internacionais que estejam em conformidade com o direito da UE. 

 

  • Organização dos poderes da União Europeia em três tipos de competência: competência exclusiva, competência partilhada e competências de apoio. 

 

O Tratado de Lisboa impulsionou uma nova dinâmica de transparência que pretende incentivar a proteção e a participação dos cidadãos e a responsabilidade democrática. 

Cerimónia para assinalar o 10.º aniversário do Tratado de Lisboa (conteúdo em inglês)

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