O Fórum de Investimento Verde de Alto Nível UE-África será um “ponto de viragem” e um momento privilegiado para transformar a relação entre os dois continentes numa “parceria efetiva”, considera o Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.
Francisco André sublinha que o objetivo da Presidência Portuguesa do Conselho da UE — que organiza, em conjunto com o Banco Europeu de Investimento, o evento de sexta-feira — é tornar a “agenda verde num pilar estruturante das relações” entre as duas geografias.
Para uma efetiva transição verde, defende o Secretário de Estado, “é preciso tornar os nossos modelos de negócio mais sustentáveis e ter em conta que ter lucro, criar emprego e gerar riqueza, tem de ser feito de forma sustentável e respeitando os recursos naturais do planeta”.
Neste contexto da pandemia de COVID-19, Francisco André entende que existe uma oportunidade para “reconstruir” as economias de forma “mais sustentável”, e por isso o Fórum UE-África pode criar as condições para passar à prática o consenso sobre a necessidade de agir sobre as alterações climáticas: “África é um dos continentes que menos contribuem para o aquecimento global, é um emissor muito baixo de CO2, mas é também um dos mais afetados pelas consequências deste mesmo aquecimento global. Os quatro países mais afetados, no mundo, pelas alterações climáticas, estão em África: Moçambique, Maláui, Gana e Madagáscar”. O governante conclui, por isso, que é urgente “desenhar políticas públicas consequentes”, que promovam a transição verde “e que sejam atrativas para o setor privado”.