A competitividade e a resiliência da economia europeia dependem do reforço da capacidade de investimento e da diversificação das cadeias de produção e abastecimento, defendeu o Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, numa reunião de Ministros responsáveis pela Competitividade (na vertente de Mercado Interno e Indústria).

 

“Precisamos de investimento e de incentivar a diversificação de cadeias de produção, na Europa, de bens que vão ser cada vez mais críticos”, afirmou Siza Vieira em conferência de imprensa após esta videoconferência informal, a que presidiu no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia.

 

O Ministro português sublinhou que a União Europeia reconhece, e quer contrariar, a sua dependência de terceiros no acesso a matérias-primas e componentes críticos, como sejam ingredientes para a indústria farmacológica ou semicondutores eletrónicos. É uma obrigação dos 27, para “um funcionamento regular das suas empresas e a manutenção da qualidade de vida dos seus cidadãos”, destacou Pedro Siza Vieira, acrescentando que a Comissão Europeia está a trabalhar para assegurar, também, o reforço “da nossa capacidade autónoma de produzir certos elementos críticos", afirmou.

Ao lado da Vice-Presidente da Comissão Europeia, Margrethe Vestager, que participou no fórum a partir de Bruxelas, o Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital referiu-se ainda ao debate havido entre os Estados-Membros sobre a criação de “condições equitativas de concorrência no nosso mercado interno, relativamente a disrupções causadas por subvenções estrangeiras, ou pela não conformidade de bens de países terceiros com as regras ambientais, de segurança ou sociais europeias”.

 

Sobre a estratégia Digital Compass 2030, Margrethe Vestager reiterou que este instrumento é essencial para a recuperação da crise provocada pela pandemia de COVID-19: “Querermos sair da pandemia mais fortes não é apenas discurso, é algo que queremos concretizar.”

 

Os Ministros europeus pretenderam, com este encontro, continuar um debate de orientação política sobre a autonomia estratégica da União Europeia, uma das prioridades da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia.