O Ministro de Estado e das Finanças presidiu esta manhã, por videoconferência, à primeira reunião do ano dos ministros das Finanças da União.
A reunião arrancou com a apresentação do programa de trabalho do Ecofin para os próximos seis meses, organizado em torno de três grandes prioridades: relançar a economia, fortalecer a União Económica e Monetária e enfrentar os desafios emergentes, incluindo a transição verde e digital.
João Leão afirmou que o último ano ficou marcado pelo enorme impacto social e económico da pandemia COVID-19, mas 2020 foi “também o ano em que a União Europeia implementou uma resposta atempada sem precedentes” e “mostrou um grande sentido de unidade e solidariedade ao aprovar o Next Generation EU, um instrumento de 750 mil milhões de euros para ajudar a reerguer a economia europeia”.
Resposta rápida e coordenada à crise
O primeiro ponto da agenda foi precisamente a discussão sobre a implementação dos Planos de Recuperação e Resiliência, com a troca de opiniões e experiências entre os vários Estados-membros. O ministro João Leão sublinhou a necessidade de se alcançarem planos ambiciosos, com reformas que construam as bases para uma recuperação justa, verde e digital e que tornem as economias mais resilientes a choques futuros.
Os ministros acordaram que a principal prioridade deve ser promover uma recuperação rápida e robusta. “Continuaremos coordenados na resposta necessária para superar esta crise. Faremos um balanço dos Planos de Recuperação e Resiliência nacionais em cada uma de nossas próximas reuniões no sentido da sua rápida e fácil aprovação. Em última análise, nosso objetivo é fornecer o apoio necessário às nossas economias”, concluiu o ministro João Leão.
A reunião do Ecofin debruçou-se também sobre o Plano de Ação da Comissão sobre os Empréstimos não produtivos (os chamados NPL), adotado em dezembro passado. Os ministros acordaram que é importante concluir a implementação das medidas pendentes do Plano de Ação de 2017. Como afirmou o ministro João Leão antes da reunião, “é necessário tomar medidas preventivas e concertadas para preservar a resiliência de nosso setor financeiro”, acrescentando que “desta vez, os bancos fazem parte da solução, e assim deve continuar”.
Durante a reunião desta manhã, o presidente do Banco Europeu de Investimento, Werner Hoyer, apresentou as conclusões do mais recente inquérito ao investimento. Estas conclusões contribuem significativamente para compreender como o atual contexto de incerteza está a afetar os planos de investimento das empresas da União Europeia, ajudando igualmente na discussão sobre o papel que o Mecanismo de Recuperação e Resiliência irá desempenhar na promoção e manutenção do investimento público e privado.