O Ministro de Estado e das Finanças considera que “o pior momento da crise económica já terá passado” e que a União Europeia tem “condições para assistir a uma recuperação rápida da economia nos próximos meses, para níveis pré-pandémicos”. Por isso, defende João Leão, este é o momento para refletir “sobre os principais desafios” do futuro.
Foi com este objetivo que a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia organizou, no último dia do seu mandato, a Cimeira da Recuperação, que reuniu em Lisboa economistas, políticos e representantes das instituições europeias, momento em que anunciou a criação de um Grupo de Peritos entre as Presidências Portuguesa, Eslovena e Francesa.
A reflexão, prosseguiu João Leão, “irá incidir no legado da crise, sobre as medidas necessárias para promover o crescimento potencial da economia europeia, e os moldes em que a política económica da União Europeia poderá responder a este propósito”. O Ministro pretende que “até ao final do ano” seja possível conhecer o resultado do trabalho realizado.
Futuro da economia europeia depende do investimento em I&D
Na intervenção de abertura, em que também participaram os Ministros esloveno e francês com a pasta das Finanças, João Leão fez notar que a UE investe apenas 2,1% do PIB em investigação e desenvolvimento, um ponto percentual abaixo do que fazem os Estados Unidos da América.
“Entre as 30 maiores empresas tecnológicas do mundo, apenas duas são europeias”, afirmou o Ministro. “O futuro da economia europeia terá obrigatoriamente de passar pelo reforço da forma como se posiciona face aos outros grandes blocos económicos, nomeadamente nos objetivos de neutralidade carbónica, na inovação tecnológica e nas principais tecnologias”, concluiu.