Uma instalação artística em grande escala, concebida por Alexandre Farto e produzida com a participação de 19 artistas, está exposta no centro nevrálgico da tomada de decisões em Bruxelas, o edifício Justus Lipsius. Uma iniciativa no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, que pode ser vista até final de junho.

Artigos
“Commotion”: arte urbana portuguesa a celebrar a diversidade, no centro da Europa
© Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia 2021 / Tony da Silva/LUSA
Composições visuais
Para dar corpo a “Commotion” (ou “Comoção”), cada artista criou composições visuais à luz da sua linguagem individual, que foram impressas sobre tecido no formato de uma bandeira.

© Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia 2021 / Tony da Silva/LUSA
Desta sinergia resultou uma obra monumental, que estampa a diversidade, o pluralismo, a igualdade, a convergência de pessoas e de discursos, de ideias e de práticas, e a interação, o diálogo e a cooperação: os valores basilares do projeto europeu e das democracias contemporâneas. “Commotion” simboliza, também, a Europa verde, uma vez que os materiais utilizados são inteiramente reciclados.

© Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia 2021 / Tony da Silva/LUSA
“ Face à atual conjuntura que enfrentamos, difícil e desafiante, em função da pandemia de COVID-19, e ao impacto que tem tido no setor das artes, entendi ser uma excelente oportunidade para estender a outros artistas o convite que me tinha sido feito. ”
Vhils, como também é conhecido o artista plástico Alexandre Farto
Colaboraram na execução desta obra uma nova geração de artistas, homens e mulheres, numa celebração da multiplicidade de origens e de linguagens estéticas: ±MaisMenos±, Abdel Queta Tavares, Add Fuel, AkaCorleone, André da Loba, Bráulio Amado, Francisco Vidal, Halfstudio, Herberto Smith, Jorge Charrua, Kruella d'Enfer, Mar, Maria Imaginário, Nuno Alecrim, Pedrita Studio, Raquel Belli, Tamara Alves, Teresa Esgaio e Wasted Rita.

© Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia 2021 / Tony da Silva/LUSA
A peça colaborativa, que pode ser equiparada a uma Torre de Babel colorida e variada, pretende ser um convite à reflexão, ao diálogo e à valorização da diversidade. Aspetos que Alexandre Farto entende “serem fundamentais, sobretudo no contexto e no local onde a obra foi instalada, numa altura em que o mundo enfrenta enormes crises”.