“A Conferência sobre o Futuro da Europa é a oportunidade de assumirmos, com total franqueza e abertura, que hoje já não pensamos todos como pensávamos, e que novos tempos exigem novas vontades”, afirmou o Primeiro-Ministro, António Costa, na cerimónia inaugural da Conferência.
No Dia da Europa, 71 anos depois da declaração de Robert Schuman, ato fundador do que viria a ser a União Europeia, Costa lembrou que “começámos no carvão e no aço”, mas agora “temos de recomeçar no verde e no digital, motores dos nossos planos de recuperação”. Contudo, frisou o Primeiro-Ministro, o futuro da Europa não pode esquecer “os valores fundamentais da liberdade, da democracia e dos direitos humanos, civis, económicos e sociais”.
Falando no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, em nome da Presidência Portuguesa do Conselho da UE, Costa argumentou que, “mais do que meros espectadores da mudança, devemos ser obreiros dessa mudança”. Por isso, defendeu, a Conferência sobre o Futuro da Europa deve ter o envolvimento dos “municípios e autoridades locais” dos 27 Estados-Membros, com “debates descentralizados e com a participação dos cidadãos”, além dos mecanismos de participação digital, lançados em abril.
Na cerimónia participaram também o Presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o Presidente da República de França, Emanuel Emmanuel Macron.