Nesta exposição, com curadoria de Mara Alves, estarão patentes os trabalhos dos artistas vencedores, que convidam o visitante a olhar para o passado numa perspetiva de evolução construtiva, juntamente com 11 gravuras de Paula Rego, entre as quais “La Mano Muerta”, que será mostrada ao público pela primeira vez. Desenhada em 1962/1964, a obra é uma crítica à censura, razão pela qual a artista a manteve escondida durante a ditadura; esquecida desde então, foi redescoberta pelo filho de Paula Rego e anunciada em 2020.
“Este projeto tem como objetivo a divulgação de artistas portugueses com trabalhos realizados em resposta aos desafios da Europa do século XXI. Atualmente, ao acompanhar a dinâmica dos fenómenos sociais e artísticos, Portugal destaca-se como uma nação de cultura renovada: atual, pujante e irreversivelmente globalizada, preservando ainda assim as suas raízes criativas, peculiarmente presentes em todos os artistas que vão compor a exposição. Inspirados nas suas vicissitudes temáticas, os artistas são ainda rigorosos quanto à produção de linguagem, dispostos à explicação dos seus universos imaginários e atentos à dimensão expressiva do contemporâneo atual”, refere a curadora da exposição, Mara Alves.
A inauguração da exposição contará com um concerto de harpa por Frederica Vieira Campos, aluna portuguesa do Royal College of Music.
Paula Rego e os seus Contemporâneos
1 de junho – 16 de julho de 2021, segunda a sexta, das 10h00 às 18h00
12 Star Gallery, The European Parliament Liaison Office, 32 Smith Square, London SW1P 3EU, UK
Saiba mais aqui.
A sede por cultura e arte, bem como um fascínio por viajar e descobrir levaram-na a mudar-se para Londres em 2015, onde trabalha como artista e professora de artes visuais. O seu trabalho artístico explora a relação entre a mulher e a natureza. A figura humana, o feminino e o mundo natural são temas recorrentes, através dos quais emergem memórias, emoções e simbolismos.
Considera-se um pintor de vidas modernas, apresentando a classe trabalhadora e a subjetividade dos migrantes para desafiar uma narrativa supostamente objetiva e historicamente dominante. O seu ensaio de áudio “Bristoler Chronik”, desenvolvido com Bricks Bristol, explora esta abordagem e está disponível em Apple Podcasts.