“A transição digital é não só um catalisador de recuperação, mas é também uma pedra angular do Pilar Europeu dos Direitos Sociais”, afirmou a Ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública na abertura da conferência “Accessible Europe: ICTs 4 All”.

 

Alexandra Leitão defendeu que “a transformação digital deve ser justa e inclusiva, e ser utilizada ao serviço dos cidadãos”, e declarou que a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia quer “fomentar a cooperação, no sentido de administrações públicas mais transparentes, abertas, participativas, inovadoras e ágeis”.

 

A conferência, que decorre até 25 de março no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da UE, e que é coorganizada pelo Governo português, pela Comissão Europeia e pela União Internacional das Telecomunicações (agência especializada das Nações Unidas), centra-se na relevância de unir esforços para remover barreiras e permitir o desenvolvimento humano e a inclusão social de pessoas com deficiência, bem como de outros grupos com necessidades especiais.

No mesmo sentido, a Ministra do Trabalho, que enviou uma mensagem em vídeo à conferência, sublinhou que o acesso e a utilização das tecnologias têm de acontecer “em igualdade de circunstâncias para todos”. Ana Mendes Godinho defendeu que “a sociedade da informação tem de contribuir para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar de todos os cidadãos”, sendo necessário “garantir a partilha de experiências, de informação e de conhecimento, para que possamos tornar a União Europeia numa sociedade verdadeiramente inclusiva”.

 

Também presente na sessão, através de uma mensagem gravada, o Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, lembrou que a situação pandémica de COVID-19 “provou que a inclusão digital não é mais uma visão de longo prazo, mas sim uma questão urgente”, que obriga os governos e as instituições a agir, de forma a “garantir que não deixamos ninguém ficar para trás”.